MOÇAMBIQUE
Moçambique tem apresentado nos últimos anos um ritmo de crescimento sustentado. De 2006 a 2011, a taxa média anual de crescimento do PIB
situou-se na casa dos 7,4%.
Apesar das evoluções positivas, a economia Moçambicana enfrenta alguns riscos que deverão ser alvo de atenção nos próximos anos: (i) a ajuda externa a
Moçambique foi reduzida pelo que o esforço estatal para suportar os investimentos em infraestruturas terá de ser maior; (ii) o Estado tem apresentado
défices orçamentais na casa dos 5% do PIB (2011), esperando-se que venham a aumentar nos próximos anos; (iii) a economia continua pouco diversificada,
dependendo essencialmente de recursos naturais e mega projetos de investimento; (iv) no plano político a instabilidade política e a violência voltaram
ao país e algumas empresas que têm operações no país suspenderam a sua produção devido ao boicote das linhas de transporte. É provável que o clima se
mantenha agitado até Novembro de 2013 com eleições municipais e Outubro de 2014 com eleições presidenciais.
Segundo os indicadores Doing Business do Banco Mundial, Moçambique desceu 7 lugares no ranking em 2013. Os indicadores mais penalizadores foram a
dificuldade em iniciar uma atividade económica/negócio e proteção dos investidores.
Relativamente às comunicações, tem vindo a ser realizado um grande investimento em termos de expansão do back-bone de fibra-ótica da TDM, a empresa
nacional de telecomunicações. No entanto, o acesso à internet é algo praticamente exclusivo das cidades. Em 2000, um estudo nacional reportou que 50%
dos equipamentos em TIC estavam na capital, Maputo, enquanto 71% da população vivia no meio rural.
A política de Moçambique no âmbito das tecnologias destaca como objetivos: aumentar o conhecimento na área de TIC, alavancar o uso e formação em TIC,
reforçar a capacidade dos setores público e privado, produzir produtos e serviços TICs e suportar a adoção destes pela indústria, negócios e
investimentos.